Por que nos sentimos tão só?
Entenda como a vulnerabilidade e a compaixão pode ajudar a nos sentirmos mais pertencentes a algo e menos sozinhos.
Nós estamos em um mundo tão conectado, onde basta apenas tirar o celular do bolso para conversar com alguém, porém ainda assim tendemos a nos sentir extremamente sozinhos… E por que isso? Precisamos rever a forma com que nos relacionamos, pois isso está destruindo o que temos de mais precioso na humanidade. Uma vez a Jout Jout lançou um desafio, de postarmos uma foto de um momento ruim que tivemos, e é sobre isso que quero falar para explicar este sentimento de solidão.
Acredito que a maioria de nós já entendeu que a nossa apresentação nas redes sociais é apenas uma máscara, pois ninguém tende a compartilhar algo vergonhoso, falho, ou até mesmo “imperfeito”. Porém, mesmo tendo a consciência disso, ainda caímos no pensamento “caramba, que vida boa que essa pessoa tem”; “puts, só eu mesmo que não consigo ser feliz”, ou ainda “meu, sou um inútil, não consigo alcançar nada”. São pensamentos muito comuns e que nos machucam demais. Além disso, apenas nos torna “menos” humano. Mas, como assim menos humano?
Essa interação nas redes sociais nos faz esquecer que os outros também passam por dificuldades, ou choram, fracassam, etc… E porque lembrar disso é importante? Isso nos aproxima da vulnerabilidade, que é condição de ser um ser-humano!! Essa ideia é essencial para que possamos nos conectar com os outros, pois a partir do momento em que eu me coloco como vulnerável (largo minhas armaduras), eu realmente me abro para que o outro entre em minha vida. Assim, criamos uma verdadeira conexão com quem desejamos nos aproximar.
Agora fica evidente o por que e como as redes sociais nos deixam tão desconectados um do outro? Lá eu passo a entender que o mundo quer perfeição, e que eu só posso mostrar isso, porém NINGUÉM é assim, isso não existe. Acreditando nessa ilusão eu acabo erguendo uma parede de insegurança que me impede de mostrar quem realmente eu sou, já que posso ser julgado pelo outro, afinal, é tão comum fazermos isso que se torna esperado que também seremos alvo de críticas. Além disso, eu temo o julgamento do outro porque eu mesmo condeno aspectos “imperfeitos” meus, olhando para mim com criticidade e severidade.
Precisamos começar aceitar essa vulnerabilidade presente em todos os seres e tirar esse “véu” da perfeição que tanto cultuamos. Precisamos também olhar para as nossas imperfeições, com compaixão, ou seja, querendo o nosso bem e fazendo o bem para melhorarmos esses pontos, e não sendo cruéis conosco mesmo. A partir do momento em que eu começo a aceitar mais quem eu sou, eu realmente possibilito a real mudança, pois assim eu me permito olhar para aquilo que me incomoda, me permitindo mudar.
Enfim...
Resumindo, precisamos nos libertar dessa idealização do perfeccionismo, entender que nem você e o outro são assim, para que então as “máscaras” caiam e nos relacionemos de forma verdadeira. Lógico, em alguns momentos podemos ser feridos por algum julgamento, mas se estivermos bem trabalhados com quem nós somos, nosso psiquismo, o julgamento do outro não irá nos machucar. E, uma reflexão, comece a pensar mais no que somos e não no que temos, assim poderemos nos desenvolver mais abertamente, sem pensar tanto nos resultados.
Caso precise de ajuda, atendemos online! Dê uma conferida sobre a Psicoterapia Online e veja se te ajudaria, pois estamos a sua disposição.
Por Leo Garcia
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